“Aprendei a fazer o bem, procurai o que é justo, ajudai o oprimido, fazei justiça ao órfão, tratai da causa das viúvas.” (Jeremias 7:6,7)
Hoje o ETERNO me proporcionou uma experiência interessante. Há uns dias, recebi o convite de escrever artigos sobre Serviço Social no blog de uma amiga. Apesar de ser graduada na área, ainda não exerço a profissão e por esse motivo, tive dificuldade de me comprometer a escrever especificamente sobre o tema, já que, é um assunto de extrema relevância e dúvidas frequentes. Em meu ponto de vista, não tenho ainda, capacidade para tal responsabilidade e não teria nenhuma experiência para compartilhar.
Saí para o trabalho com esse pensamento...
Trabalho em uma instituição pública e pude perceber que, por esse motivo, convivo cotidianamente com situações que abrangem mesmo indiretamente o Serviço Social.
Hoje, especificamente, fui abordada por uma senhora, que necessitava de uma “simples informação” e com o pouco conhecimento que tenho a respeito, tive condições de orienta-la com sensatez. Não consegui resolver o problema, mas fiz tudo o que estava dentro de minhas possibilidades para acalma-la e sanar suas dúvidas, dando as devidas orientações e a encaminhado para um local onde teriam condições de resolver a situação.
Percebi que aquela senhora, despediu-se realmente agradecida, apesar de não ter a resolução do problema e pude refletir que, muitas vezes, lidar com questões sociais vai muito além de resolver problemas. Pude testificar que, principalmente pessoas “maltratadas pela vida”, onde convivem sempre com dificuldades e fragilidade social, muitas vezes se acostumam com o mau tratamento que lhes é dispensado, com o preconceito, pré-julgamento e até falta de respeito. Nem sempre são tratados de maneira digna, como qualquer pessoa merece ser.
Notei que aquela senhora chegou agitada e frustrada, já preparada com muitos argumentos revoltados. Escutei seus questionamentos atenciosamente e expliquei como instituições públicas funcionam e quais procedimentos ela deveria tomar. Tentei fazer algumas ligações e educadamente a chamei para sentar-se. Percebi que ela ficou notoriamente constrangida, por uma atitude tão simples e que deveria ser dispensada a qualquer pessoa, independente da situação social que a mesma se encontra.
Interessante lembrar que, nosso mestre Yeshua, por vezes foi condenado por andar com pessoas que, nem sempre eram compatíveis om os padrões ditados pela sociedade. ELE tinha liberdade de conviver com pessoas de todas as classes sociais e as tratava com mesmo respeito. Sempre fez tudo o que estava ao SEU alcance para ajudar os necessitados e amenizar de alguma forma o sofrimento daqueles que estavam a margem da sociedade.
Nosso mestre, em um de seus famosos sermões, onde alerta os discípulos sobre a solicitude da vida e as preocupações terrenas, ensina também que, deve-se guardar tesouros nos céus. Entre outros requisitos para alcançar tamanha graça de adquirir tesouros que a traça não pode destruir, fica evidente de que DEUS nos direciona a ajudar aqueles que precisam. Eis o texto:
“Não temas, ó pequeno rebanho, pois a vosso PAI agradou dar-vos o Reino. Vendei o que tendes e DAI ESMOLAS. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam, TESOUROS NOS CÉUS QUE NUNCA ACABE, onde o ladrão não chega e a traça não destrói.”
(Lucas 12: 32,33- Almeida Edição Contemporânea Revisada)
A versão citada a cima, é a mais comum, que normalmente lemos em nossas traduções do evangelho, mas quero apresentar hoje também, outra tradução:
“ Vendam o que possuem e façam tsedakah... ”
(Lucas 12:33 a- versão da Bíblia Judaica Completa)
Note que, a palavra tsedakah, inserida nessa versão, substituiu o “dai esmolas” da versão anterior. Enfim, qual o sentido de tal expressão?
Jesus nos ensina com essa passagem que devemos contribuir com o Reino realizando equilíbrio, tsedakah, é exatamente isso: causar equilíbrio, justiça social. Onde o que tem mais, divide com o que tem menos, onde quem tem bens materiais, auxilia aquele que tem pouco, dá esmolas, ofertas voluntárias e se compadece do pobre. Esse equilíbrio, naturalmente proporciona estabilidade e oportunidade para que ninguém passe por necessidades e privações básicas.
Assim vivia a primeira igreja, tudo era vendido e dividido:
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações.
Em cada um havia temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos.
Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
Vendiam suas propriedades e bens e repartiam com todos, conforme a necessidade de cada um. Perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e sinceridade de coração,” ( Atos 2 :42 a 46)
Muito antes da primeira igreja existir, o ETERNO já nos orientava sobre a importância de ajudar os necessitados, Salomão em seus provérbios, chegou ao ponto de dizer que , quem ajuda o pobre, empresta a DEUS. Mas, precisamos ter certeza de nossa real motivação, nunca devemos ajudar o próximo, focado nas recompensas que o ETERNO pode nos dar. Note que, havia alegria e sinceridade de coração entre os irmãos da primeira igreja, mesmo vendendo tudo o que tinham para dividir entre si. Não havia pesar, nem falsidade entre eles.
“Quem é bondoso com o pobre, empresta a ADONAI, e ele lhe retribuirá por sua boa obra.” (Provérbios 19:17)
Esse versículo vai de encontro com o texto supracitado, onde YESHUA orienta que devemos guardar tesouros nos céus. Essa é a retribuição do ETERNO para aqueles que contribuem com o equilíbrio, realizando o tsedakah, tesouros que o ladrão não pode roubar!
Aprendi importantes lições:
· Estar atenta aos ensinamentos que o ETERNO nos proporciona com cada situação, mesmo que pareça algo simples e trivial.
· Profissionalmente falando, nem sempre vivemos situações restritas a nossa função, precisamos nos dispor a ajudar o próximo com toda nossa capacidade, com todo nosso conhecimento, visando a pessoa como especial e não a função profissional que ocasionalmente exercemos ou não. Tratar de maneira digna e respeitosa todas as pessoas.
· Serviço social sempre esteve presente no contexto bíblico, sempre fomos ensinados a cuidar dos necessitados e fazer tsedakah, contribuindo com o equilíbrio.
· Ter cuidado e avaliar nosso coração para que tenhamos sinceridade e lealdade em nossas motivações ao ajudar o próximo.
“A religião pura e imaculada para com DEUS, o PAI, é esta: visitar os órfãos e as viúvas em suas dificuldades...”
(Tiago 1: 27 a)
“E respondendo ele, disse-lhes: Quem tiver duas túnicas, que reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, que faça da mesma maneira.”
(Lucas 3: 11)
JOSI😉
JOSI😉
Que lindo Josi!!
ResponderExcluirFantástico como o serviço social aparece na bíblia em vàrios textos..
Que possamos aprender a ter esse coração e realmente a restaurar esses princípios.
Glória ao E'terno pela sua vida e pelo seu testemunho.